As notas fiscais eletrônicas emitidas no Brasil passarão por uma transformação significativa. Com a Reforma Tributária, o sistema atual será unificado e adotará um layout padronizado em todo o território nacional.
A padronização abrangerá tanto a Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) quanto a Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica (NFC-e), impactando diretamente empresas, prestadores de serviços e o comércio varejista.
A atualização dos layouts dessas notas tem como objetivo alinhar o sistema fiscal brasileiro à nova estrutura tributária definida pela Emenda Constitucional 132/2023 e pela Lei Complementar 214/2025.
A nova legislação instituiu três tributos: o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e o Imposto Seletivo (IS), que substituirão gradualmente os tributos federais, estaduais e municipais atualmente em vigor até 2033.
Atualmente, cada estado opera com seu próprio sistema de autorização de notas fiscais, o que dificulta a integração de dados e torna as obrigações fiscais mais complexas para as empresas.
Segundo a Fenacon, o preenchimento das notas será mais intuitivo com o novo modelo, automatizado e compatível com a nova lógica tributária nacional.
A fase de testes do novo sistema começa nesta terça-feira (1º), mas a obrigatoriedade das novas regras só entra em vigor em janeiro de 2026.
A partir dessa data, empresas que não estiverem adequadas poderão ter suas notas rejeitadas, o que pode impactar diretamente o funcionamento do negócio e o fluxo de caixa.
Veja a seguir perguntas e respostas sobre o tema.
O sistema atual de nota fiscal continuará coexistindo com o novo durante um período de transição.
Segundo a cartilha da Fenacon e a Nota Técnica da Receita Federal, as informações sobre os novos tributos serão opcionais ao longo de 2025, mesmo após a liberação do novo modelo em ambiente de produção, prevista para outubro.
A obrigatoriedade começa apenas em janeiro de 2026, e será implementada de forma gradual. Esse período de convivência tem como objetivo permitir que as empresas ajustem seus sistemas, testem integrações e capacitem suas equipes sem comprometer as operações.
Além disso, como a regulamentação completa da reforma tributária ainda está em andamento, alterações nos layouts e nas regras técnicas ainda podem ocorrer.
A matéria original esta em https://online.crcsp.org.br/portal/noticias/noticia.asp?c=9351